domingo, 26 de janeiro de 2014

QUE TUDO [QUE DEUS QUISER] SE REALIZE

ano-novo“Que tudo se realize no ano que vai nascer...” é o que diz a famosa canção de fim de ano.

“Que tudo se realize” significa tudo o que você quer: dinheiro, saúde, sorte no amor, ausência de conflitos – esta é a lógica da canção.

“Que tudo se realize” coloca a nossa vontade no centro, com o mundo girando em torno de nossos umbigos.

“Que tudo se realize”, nem que para isso você tenha de passar alguém para trás, fazer alguém sofrer ou mesmo... mandar em Deus?

Percebem o problema quando queremos que tudo se realize como desejamos?

Aliás, é curioso que, partindo do princípio de que tudo deve se realizar em nossas vidas, muitos têm feito de Deus um empregado que cumpre ordens. Aí a oração não se torna um pedido humilde, mas uma determinação: “Deus, eu determino...”.

Dias atrás li a frase de um líder religioso que arrebanha multidões, onde ele dizia com todas as letras: “Nunca jamais, em tempo algum vão ao Senhor e digam: `Se for da tua vontade...´ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês. Quando vocês oram `se for da tua vontade, Senhor’ a fé é destruída”.

Que estranho! O homem exigindo direitos, e Deus obrigado a se submeter às vontades e caprichos humanos. Deus humilhado, e o homem exaltado. Criador rebaixado a criatura, e criatura elevada a Criadora. Uma lógica invertida que sempre foi a tentação ardilosamente difundida pelo diabo, já no tempo de Adão e Eva: “Vocês serão como Deus”.

Ao iniciar este novo ano, escute o que o próprio Deus diz em Sua Palavra, e não o que líderes religiosos de massa alardeiam para massagear o ego de seus ouvintes. Repare em como o próprio Deus se pronuncia sobre os projetos humanos:

“Agora escutem, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!’ Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus quiser [se Ele permitir, se for a vontade dEle], estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’” (Tiago 4.13-15).

Ou quem sabe uma rápida olhada no que Jesus ensina na oração que é modelo para todos os cristãos de todas as épocas: “Pai nosso, que estás nos céus... Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.9-10). Ou mesmo na oração que Jesus fez ao Seu Pai pouco antes de ser traído e levado à cruz: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice de sofrimento! Porém que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres” (Lucas 22.42).

Sim, eu tenho muitos desejos e vontades para 2014.

E vou orar pelos ideais que me inspiram. Vou lutar e transpirar muito por eles. E vou trabalhar, com esmero e afinco, dando o meu melhor.

Mas nada vou determinar para Deus. Não vou exigir o que quer que seja.

Pelo contrário, todos esses ideais que me inspiram, com humildade e com confiança em Jesus, vou condicionar à vontade do meu Deus.

Assim, a minha canção é: “Que tudo [que meu Deus quiser] se realize no ano que vai nascer”.

 

P. Júlio Jandt

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

IX Congresso da RELUS (2014)

CapturarAs Inscrições serão feitas por e-mail: relus2014@gmail.com e o pagamento via depósito bancário.
Dias 11 a 13 de abril de 2014 na Pousada Riacho das Pedras em Guarapari/ES.
Valor: R$130,00

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sinal vermelho

sinal_vermelhoA cada onze minutos morre uma pessoa no trânsito brasileiro. No mundo, a cobiçada máquina de quatro rodas rouba anualmente mais de um milhão de vidas humanas e deixa 50 milhões com feridas e sequelas. É a causa principal da morte de jovens entre 15 a 30 anos, com um prejuízo anual de 500 bilhões de dólares em acidentes de carros no planeta esfumaçado pelo cano de descarga. Sem contar os dois milhões de pessoas que morrem todo ano, somados a um número incalculável de gente que sofre de bronquite, asma e outras doenças, tudo por conta da poluição dos veículos movidos pelo petróleo. São números da terceira guerra mundial, uma batalha travada por 800 milhões de veículos que se enfrentam nas rodovias de uma Terra em combustão sob o efeito estufa - outro mal desses gases mortíferos que castigam e degradam o meio ambiente.

E o homem ainda pensa que é um ser inteligente. Acredita cegamente nas engenhocas da sua admirável tecnologia como fonte de redenção, mas fecha os olhos à realidade, regalando-se nas delícias momentâneas do desenfreado consumismo. Onde vai parar? Entre ferragens retorcidas  nos próximos onze minutos, ou, vítima de um cataclismo planetário. Há esperanças para o futuro da humanidade? As lucrativas projeções da indústria automobilística e da extração de petróleo nos dão conta que a esperteza humana está no mesmo nível do conhecimento que tem de Deus.

Se os profetas da ciência exigem mudança radical no uso dos recursos naturais, os prenúncios bíblicos seguem no mesmo tom. Somos escravos do automóvel porque somos escravos de nossos desejos, ganância e comodismo. Uma avenida tem saída? Sim! Outro sinal de trânsito indica a direção: "Porém existe uma esperança: Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus" (Romanos 8.21). Enquanto isto, sejamos responsáveis no volante e que Deus nos proteja nas estradas!

Marcos Schmidt - pastor luterano

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Pais e Filhos!!!

CapturarUm curta que trata da relação entre pais e filhos, mostrando que o fim também é um começo… Vale a Pena Assistir.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

11 coisas que aprendi com esposas de pastores

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A alguns meses atrás escrevi um post sobre esposas de pastores. As respostas e os comentários ao post foram numerosos e variados. Li os comentários e as interações e, assim, percebi a necessidade de uma maior valorização das esposas dos pastores, bem como a necessidade de maior preocupação para com elas.

Tentei resumir os principais problemas discutidos a respeito do tema e tenho certeza de que a listagem não está completa. Por ora, aqui estão 11 coisas que aprendi com as esposas de pastores.

1. O primeiro desafio para esposas de pastores é a solidão. Essa questão surge sempre de novo. Muitas dessas mulheres não têm verdadeiros amigos com quem possam confidenciar. Algumas têm até cicatrizes de relacionamentos ruins. Muitas passaram ou passam por depressão.

2. Estas mulheres precisam saber que têm o amor e apoio de seus maridos. Algumas sentem até que seus maridos têm uma amante - a congregação local onde ele serve. A esposa de pastor pode suportar muito se ela puder contar com o amor inabalável e maior atenção de seu marido.

3. A esposa de pastor não quer que os membros da igreja lhe digam o que ela deve fazer na igreja. Ela prefere servir a igreja de acordo com os seus dons e habilidades, não de acordo com alguma falsa sensação ou expectativa de outros.

4. Ela gostaria que os membros da igreja entendessem que, nem ela, nem a sua família é perfeita. Que permitissem que ela cometa erros. Que deixassem que seus filhos fossem crianças "normais". Gostaria que não chamassem os membros da família a cada vez que um dos filhos não chegar a atingir a perfeição.

5. A esposa do pastor não quer ter que ouvir reclamações de membros da igreja sobre o marido. Ela não é um canal ou uma mesa de queixa. Ela ama seu marido, e o seu coração ‘quebra’ quando ela ouve coisas negativas sobre ele.

6. As esposas de pastores, que entraram no ministério sem nenhum preparo prévio sobre os desafios que enfrentariam, foram as que mais tiveram dificuldades ​. Não apenas os problemas em si, mas o fator surpresa, pois muitas esposas não faziam ideia sobre o que alguns membros diriam, quais seriam as expectativas ou, o quanto a ‘síndrome casa de vidro’ é uma dura realidade.

7. Ela não quer que digam que ela precisa trabalhar para sustentar o marido e família. Mas ela quer fazer essa escolha, isso é ótimo. Mas ela não quer que os membros da igreja pensem que poderão pagar uma miséria ao marido com a expectativa de que ela vai compensar o déficit na renda.

8. Enquanto a maioria delas afirma a sua identidade como ‘esposa de pastor’, a maioria não quer que esta seja a sua única identidade. Muitas dessas mulheres falam sobre seu ministério, trabalho e dons muito além de ‘esposa de pastor’. Elas querem senti-se livres para expressar suas próprias identidades.

9. Muitas esposas de pastores acreditam que elas precisam de treinamento para seus papéis. Elas têm sido pouco ou mal preparadas para os problemas que viriam a caminho. Elas precisariam de uma formação formal ou uma orientação informal para enfrentar todos os desafios que são comuns à esposa de um pastor.

10. Estas mulheres desejam ser lembradas sempre a que mantenham seu foco em Cristo. Claro, este lembrete é algo que todos nós precisamos. Mas só por lembrar o que Cristo fez por ela, assim como a todas as pessoas, ela poderia enfrentar melhor também os desafios do seu papel.

11. Muitas esposas de pastores querem um meio onde elas possam apoiar-se mutuamente. Algumas delas anseiam por alguém que as possa orientar. Outras disseram que gostariam de um fórum como o meu blog onde eles podem compartilhar umas com as outras, sem medo de represálias.

(Tradução livre do texto disponível no link; http://thomrainer.com/2014/01/15/11-things-i-learned-from-pastors-wives/)

Martinho Lutero: Pregador da Cruz

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(“Sermão de Martinho Lutero” detalhe de um retábulo (1547) de Lucas Cranach, o Velho (1472-1553), na Igreja Santa Maria em Wittenberg).

“Um ano após a morte de Lutero, Lucas Cranach, o Velho, pintou um painel apresentando um retrato de Martinho Lutero no púlpito. O painel faz parte do bem conhecido retábulo na Igreja Santa Maria da cidade de Wittenberg. Com a Bíblia aberta diante dele, é o Lutero maduro quem proclama Cristo à congregação reunida diante dele. A imagem de Lutero feita por Cranach mostra o Reformador com uma mão apoiada no texto sagrado e a outra mão apontando para um enorme crucifixo. A obra de arte sintetiza o ministério de Lutero como um todo. Assim como São Paulo antes dele, Martinho Lutero esteve determinado a conhecer nada além de Cristo, e este crucificado. Lutero não foi o primeiro pregador da cruz desde o fim da era do Novo Testamento. Hermann Sasse comenta com razão que “a teologia da cruz pertence ao Ocidente”. Basta recordar o livro de Anselmo “Cur Deus Homo?” (Por que Deus se fez homem?) ou o grande hino de louvor “Ó Fronte Ensanguentada”.”
-- John T. Pless (Martin Luther: Preacher of the Cross. Concordia Theological Quarterly. v. 51, n. 2-3, abril-julho 1987. p. 83.)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Apenas tenha certeza de que para onde quer que vá você sempre poderá voltar para casa

CapturarOuça esta bela canção e depois convido você a ler a reflexão abaixo:


Queridos pais, como anda sua casa? O que suas atitudes em relação aos seus filhos tem mostrado? Se os seus filhos pudessem escolher o que fazer e onde morar, eles escolheriam morar com vocês? Quais os ensinamentos que eles tem aprendido de vocês? Se estivessem sozinhos, abandonados pelo mundo e pelos amigos, eles poderiam voltar para casa?
Hoje conheci a letra de uma canção do cantor Jason Mraz com o título “93 Million Miles”, canção esta que me deixou encantado. Ela fala de um filho que vai sair de casa e seus pais lhe deixam alguns conselhos. E podemos dizer: nada melhor do que ter pais sábios, pais que preparam seus filhos para o mundo longe deles, pais que criam adultos responsáveis, pais que se preocupam em mostrar a seus filhos que o mundo é cruel, às vezes escuro e traiçoeiro. Pais que, com o coração confiante e agradecido, podem dizer aos seus filhos: “Apenas tenha certeza de que para onde quer que vá você sempre poderá voltar para casa”.
Precisamos de pais assim: que façam do seu lar um lugar não apenas de passagem e sim de acolhimento, perdão e segurança. E lares assim não dependem da qualidade do tapete, do tamanho do aparelho de TV e nem da qualidade do lençol, mas sim, do amor, do carinho e do abraço perdoador que ali foi e é vivenciado.
Se seus pais não foram ou não são assim, não pense que esta mensagem não seja para você. Pois o Papai do Céu vem lhe dizer: Meu filho, você nunca estará sozinho, lembre-se que lhe criei, lhe salvei e sempre cuidarei de você.
Diante desta letra musical que afirma “Apenas tenha certeza de que para onde quer que vá você sempre poderá voltar para casa”, podemos nos perguntar: Por que afinal o filho pródigo voltou para casa, conforme o relato do evangelho de Lucas capitulo 15? E a resposta é: Quando o filho estava no fundo do poço, sua mente e seu coração foram inundados pelos ensinamentos amorosos do pai. E quando chegou perto da casa do pai pôde vivenciar todo o amor e perdão do pai querido, que logo o abraçou, o beijou e disse: “Vamos começar a festa porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado”. Lc 15.23,24).
Lembre-se disso: Se hoje você estiver longe da casa de Deus, o próprio Jesus Cristo quer lembrar você de que “onde quer que vá, você sempre poderá voltar para casa”. Viva esta realidade e volte correndo para casa. E vocês, papais, façam de tudo para que o endereço da casa de vocês, seja sempre este lugar que seus filhos encontrem o abraço de perdão, acolhimento e paz. Se não der para ensinar muita coisa aos seus filhos, ensinem ao menos de que se tratando da casa de Deus, “sempre poderão voltar para casa”.

Carlos Kracke – Pastor da Congregação E. Luterana “Bom Pastor” de Blumenau