domingo, 30 de março de 2014

“Vivam como pessoas que pertencem à Luz!” - Ef. 5.8b

LUZ
Por Elvio Figur

Segundo Jack London (http://olhardigital.uol.com.br/video/facebook-vai-acabar-no-cemiterio-da-web-aposta-jack-london/40830), profundo conhecedor das inovações tecnológicas ocorridas desde o século XIX, a benfeitoria mais importante descoberta/criada desde os anos 1800, foi a luz elétrica. Para ele, as benfeitorias do século XIX foram mais importantes até do que as dos séculos XX e XXI. Isso porque, segundo ele, muitas delas, como, por exemplo, as técnicas na contrução de estradas eficientes, os automóveis, etc são, até hoje indispensáveis na sociedade moderna, da mesma forma como a luz elétrica.
A cidade de Nova Iorque, por exemplo, recebeu a energia elétrica, eficiente, apenas em 1896. Até então a cidade não tinha nada, era um brejo, e apenas algumas experiência usando dímanos geravam energia. A luz elétrica fez com que a cidade se modificasse inteiramente.
Aqui em Juiz de Fora, alguns anos antes, em setembro de 1889 foi inaugurada a Usina de Marmelos Zero, a primeira usina hidroelétrica da América do Sul, que produzia 250kw, o suficiente para abastecer mais de mil residencias da época, o que rendeu à cidade, na época, o título de ‘Farol do Continente’.
Pra nós, hoje, a luz elétrica é uma banalidade. Basta apertar um botão...
Quer ver um sujeito desesperado? É só cortar a luz elétrica de sua casa, da rua ou da cidade por um certo período de tempo...
O fato é que somos pouco agradecidos por esta bênção...
A Luz (Luz do Sol) é tão importante que foi a primeira coisa que Deus criou depois de ter criado o céu e a terra. Diz o texto de Gênesis 1.2 que a terra era ‘um vazio e que a escuridão cobria tudo’. Então Deus disse; ‘- Haja luz!’ E a Luz passou a existir.luz_Haja
A partir daí todas as outras coisas foram criadas, mantidas e abençoadas sob a Luz de Deus. Os homens trabalhavam à luz do dia, e descansavam a noite. O Povo de Deus andava durante o dia, debaixo da luz do sol, cuja intensidade era controlada pelo próprio Deus por meio de uma nuvem que os seguia de fonte em fonte através do deserto.
A luz do sol torna-se banal. Uma dádiva corriqueira pela qual o povo sequer se lembra de agradecer.
Com a nossa vida cristão não é muto diferente;
Ao escrever aos Efésios, Paulo alerta justamente para essa tendencia humana de esquecer-se rapidamente das bênçãos concedidas por Deus aos nos resgatar ‘das Trevas para a Luz’. Ele escreve; “Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade” (Ef. 5.8-9). Aqui o apóstolo chama a atenção sobre o perigo de os cristãos caírem da fé e voltarem para a vida nas trevas do pecado. E este é um problema muito presente em nossas igrejas, familias e sociedade. E isso se agrava nesse período pós-moderno em que vivemos no qual a relativisação e o individualismo se apresentam como características marcantes.
Para que isso não aconteça, o mensageiro de Deus lembra que, “Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão” – Paulo se refere ao fato de que, estar separados de Deus é o mesmo que estar em trevas, é estar morto, ou, em poder de Satanás. Mas essa situação mudou. Paulo continua; mas, “agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz” – Estão nessa situação nova, perfeita e santa, todos aqueles que renasceram pela água e pelo Espírito. Isso porque Ele, Jesus, é “a verdadeira luz que vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1.9).
Assim, a recomendação é; “Por isso, vivam como pessoas que pertencem à luz” (Ef 5.8b). Em outras palavras, ‘todos os que crêem, e enquanto estiverem na fé, renasceram e foram feitos filhos de Deus e, são agora, habitação do Espírito Santo. Por essa razão, precisam viver e agir como verdadeiros filhos’. No entanto, existe o perigo constante de sermos enganados por nossa natureza carnal, atraídos pelo mundo ou seduzidos pelo inimigo a voltarmos para as trevas, perdendo, assim, a fé sincera. Não é preciso dizer que isso seria algo muito trágico. Infinitamente mais desastroso do que voltar ao século XIX quando não existia a luz elétrica e todos os benefícios que ela proporciona hoje.
Se a Luz Elétrica foi a maior invenção/descoberta dos últimos 300 anos, para o cristão, a Luz de Cristo é a maior Bênção concedida pelo mesmo Deus que disse ‘- Haja Luz!’, e a Luz passou a existir.... Ele é muito mais do que podemos imaginar... Ele, Cristo, é a “Luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina a todas as pessoas” (Jo 1.9). Uma ‘Luz que brilha na Escuridão, e a escuridão não consegue apagá-la’ (Jo 1.5)... Ele é ‘O Verbo Eterno de Deus, a Fonte da Vida que traz a Luz para todas as pessoas’ (Jo 1.4).
O apóstolo Paulo, ao falar dessa Luz, lembra de uma citação que talvez tenha sido parte de um hino que cantado quando alguém era batizado; “Você que está dormindo, acorde! Levante-se da morte, e Cristo o iluminará!” (Ef 5.14). Despertar é o desafio constante. Esse despertar é despertar para o arrependimento. Uma renovação no apego à Palavra de Deus. É despertar para uma súplica sincera para que o Espírito Santo nos fortaleça para uma vida santificada e de testemunho. Para vivermos “como pessoas que pertencem à Luz...” (Ef. 5.8b).
Que o Senhor nos ilumine para que a sua Luz em nós nunca se apague. Assim poderemos ver com nossos próprios olhos, que já não são mais cegos, o resplendor do rosto de Deus o Pai e com ele viver para todo sempre.

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Escola Bíblica (‘Sábado Alegre’)–29/03-2014

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terça-feira, 25 de março de 2014

Fica a dica: Outonos da vida

6440parque1Após os dias quentes e ensolarados de verão, eis que o outono chegou. O sol parece que já vai perdendo um pouco da sua intensidade. Os dias vão ficando mais curtos. As folhas das árvores, antes verdinhas e cheias de vida, agora amarelam e esperam sua vez de ir ao chão. Este é o clico da vida.

Há tempos de outono na vida. Eles também acontecem depois dos verões da vida, cheios de energia e alegria. Neste outono são as nossas folhas que amarelam e caem. É tempo de se reservar e refletir. A intensidade da vida não é mais a mesma. Depressão, câncer, divórcio, crise, solidão. Eis aí algumas características desta estação da vida.

Há alguém que saboreia do mesmo outono que nós. Experimenta o processo de perder folhas e de perder a intensidade da vida. É Jesus. Não é por acaso que ele foi chamado de “Emanuel – Deus conosco” (Mateus 1.23). Jesus é Deus ao nosso lado em todas as estações da vida. Jesus, morto e ressuscitado, é Deus Salvador pronto para cuidar. E cuidar até que a última folha amarele, caia e sinalize o fim de uma vida. Não há amor maior que este.

Então fica a dica: outono é uma bela estação que nos ensina que a vida nem sempre é radiante e cheia de alegria. Há tempos das nossas folhas irem ao chão, tempos de outono. Faz parte do ciclo da vida. Grande consolo é ver Cristo no nosso outono. Afinal, a páscoa se aproxima e nos lembra que o próprio Deus deixou suas folhas perfeitas amarelarem e caírem debaixo de uma cruz. Foi por amor. Foi por você. Foi pelo outono da sua vida.

Pastor Bruno A. Krüger Serves

Coluna Fica a Dica, Jornal Folha de Candelária

sábado, 22 de março de 2014

Procurando os Perdidos

xIMAGEM_NOTICIA_5.jpg.pagespeed.ic.LlHzAosc8JEstão sendo divulgadas operações de procura de dois aviões desaparecidos. Um deles continha 249 pessoas - trata-se do voo MH370 de Malaysia Airlines. Outro, um avião menor com 5 passageiros, que sumiu na região do Pará.

A angústia dos parentes das pessoas desaparecidas é combatida pela esperança – esperança de que os aviões sejam encontrados. Esperança que os passageiros estejam bem. Por isso a necessidade de encontrar, de localizar as aeronaves. E para isso, obviamente, é preciso procurar, procurar com diligência.

Jesus fala na necessidade de uma procura diligente para encontrar aqueles que estão perdidos. Em Lucas, capítulo 15, lemos as parábolas do Filho Pródigo, da Ovelha e da Moeda Perdida. Especialmente nas histórias da Ovelha e da Moeda há uma ênfase na diligente procura. O pastor das ovelhas deixa as 99 ovelhas e procura a perdida, até encontrá-la. A mulher pega a vassoura e varre canto por canto da casa, com calma e perseverança procura a moeda que perdeu. Procura, procura, até encontrá-la.

Não sabemos qual será o desfecho desta história envolvendo este avião da Malásia, nem deste outro desaparecido no Pará, mas as histórias de Jesus têm um final feliz, onde o pastor encontra a ovelha, coloca-a nos ombros e retorna para casa e faz uma grande festa. Igualmente as outras histórias são marcadas por esta mesma comemoração. Jesus conclui dizendo que há maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, por um pecador que é reencontrado, do que por noventa e nove que não precisam de arrependimento.

Jesus não está falando de alguém que saiu da rota de um voo. Também não está falando de alguém que se perdeu em uma esquina qualquer. Ele está falando daqueles que estão perdidos espiritualmente. Longe do caminho que é o próprio Cristo.

Nas operações de busca pelos aviões desaparecidos são usados satélites impressionantes. Na busca proposta por Jesus somos convidados a usarmos o amor, um amor que nos deixa com os radares ligados diante das necessidades das pessoas ao nosso redor. Um amor que nos impulsiona a largarmos os próprios interesses, e buscarmos aqueles que estão perdidos.

Talvez você esteja se sentindo meio perdido, desolado e angustiado. Diante disso, lembre-se que Jesus é aquele que procura. Ele procura insistentemente, até encontrar.

Encontrados por Jesus, qualquer pessoa pode reorganizar seus voos nesta vida. Certos de que na viagem deste viver podem acontecer turbulências, mas a aterrissagem, no reino Celeste, será bem segura.

Pastor Ismar L. Pinz –

Comunidade Luterana Cristo Redentor

20.03.2013 - Três Vendas, Pelotas, RS

sexta-feira, 21 de março de 2014

Mensagem IELB - Dia Mundial da Água 2014

CapturarMensagem da Diretoria Nacional da IELB, relacionando o Dia Mundial da Água e o lema de 2014 da IELB: ´Comunicando sempre - Jesus, a água viva´.

domingo, 16 de março de 2014

“Olho para os montes e pergunto: ‘De onde virá o meu socorro?’”

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Por Elvio Figur

“Olho para os montes e pergunto: ‘De onde virá o meu socorro?’”

Na ultima semana um alpinista, na Carolina do Norte, nos EUA, sentiu na pele todo o peso e o sentido literal desse versículo do salmo 121. Ele tentava chegar ao topo de uma montanha rochosa e acabou ficando preso em uma fenda na rocha. Foram várias horas aguardando a chegada do resgate que foi feito por especialistas em buscas e salvamentos com o auxilio de um helicóptero. (http://www.tvi24.iol.pt/503/internacional/montanhista-montanha-alpinista-preso-salvamento-tvi24/1544045-4073.html).

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Quantas vezes nós também nos embrenhamos por lugares e em situações complicadas onde não há muito que fazer, a não ser olhar para ‘os montes’ e perguntar; ‘De onde virá o meu socorro’?

Muitas vezes também somos acusados injustamente, seja por pessoas mal intencionadas ou pelo mundo, e nos sentimos desamparados, necessitados de socorro.

Este foi o caso de Glenn Ford, libertado na ultima quarta-feira, dia 12 de março, depois de ter passado quase 30 anos em um corredor da morte, condenado por um crime que não cometeu. O fato ocorreu na Luisiana, EUA.

No dia em que Glenn foi libertado, seu advogado disse; “É um dia maravilhoso! Foi uma espera de décadas... Esperamos que este seja o primeiro dia de uma Nova Vida para Glenn” (http://pt.euronews.com/2014/03/12/glenn-ford-libertado-depois-de-29-anos-no-corredor-da-morte-por-crime-que-nao-cometeu/).

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Martinho Lutero confessou certa vez que, muitas vezes foi levado a orar ‘pela irresistível convicção de que este era o único caminho para onde podia ir’.

Nos dois casos citados, não havia nada o que fazer, a não ser ‘olhar para os montes e esperar por socorro de fora’; O alpinista, por si só, não sairia dali vivo não fosse o resgate da equipe preparada para situações como essa; O condenado a pena de morte apenas aguardava que, por meio do seu advogado, fosse, finalmente, declarado inocente.

O Salmo 121 traz à tona uma situação de incerteza. Mas, ao mesmo tempo, sob qualquer possibilidade de perigo, a resposta é dada com uma resposta confiante, ilimitada e incontestável no poder, na vigilância e no resgate do Senhor que fez céus e terra; ‘O meu socorro vem do Senhor Deus, que fez o céu e a terra’.

Que socorro é este?

Trata-se claramente de proteção para a caminhada da vida, mas trata-se também de uma confiança com relação ao resgate, ao socorro que vem do alto na pessoa de Jesus Cristo. Um resgate da morte iminente do pecador preso nos penhascos do pecado ou nos corredores da morte.

No texto do evangelho deste domingo, Jesus esclarece que a salvação não é alcançada pela nossa ação ou santidade diante de Deus. Mas unicamente pelo resgate proporcionado pelo filho unigênito de Deus que, semelhante ao que ocorreu nos tempos do antigo testamento com a serpente de bronze, foi também levantado sobre uma cruz. E isso para que todo aquele que crer e olhar para a cruz, receba a redenção gratuitamente por fé; “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Nascer de novo, como disse Jesus a Nicodemos, está relacionado à fé e à Nova Vida que procedente da Graça ‘resgatadora’ do ‘Senhor Deus, que fez o céu e a terra’.

Nascer de Novo é reconhecer que não temos justiça própria para apresentarmos diante de Deus. E isso implica, necessariamente, em uma completa mudança de pensamento. Uma completa mudança espiritual. Significa apagar todo tipo de desejo de salvar-se a si mesmo e confiar ilimitada e indubitavelmente no poder, na vigilância e no resgate do Senhor que fez céus e terra. Isso é, precisamente, Nascer de Novo.

* * *

O advogado de Glenn, o homem que resgatado do corredor da morte e declarado inocente, disse; “É um dia maravilhoso! Esperamos por isso durante décadas... Esperamos que seja o primeiro dia de uma Nova Vida para Glenn”.

Jesus, o nosso advogado, disse; “O Senhor Deus, que fez o céu e a terra, amou tanto, que deu o seu filho unigênito, para que todos aqueles que crerem nele, não sejam levados à morte, mas que tenham uma Nova Vida que dura eternamente”.

Nascer de Novo é isso. É ‘Ser encontrado’; ‘Ser resgatado’ por Jesus Cristo. É reconhecer que nosso esforço não nos livraria do pecado, e pedir ajuda do alto.

Assim, renascidos e confiantes, nos unimos ao povo peregrino que canta o salmo 121;

1. Para os montes olharei, / de onde me vem salvação?

Meu socorro vem de Deus, / o Senhor da criação.

O Senhor é que te guarda, / guardará de todo o mal,

tua entrada e saída, / desde agora até o final.

2. Pelo meio dos perigos / não te deixará cair.

Quem a Israel guardava, / não dormiu, nem vai dormir.

O Senhor é que te guarda, / guardará de todo o mal,

tua entrada e saída, / desde agora até o final.

3. O Senhor é quem te guarda, / sombra à tua destra está,

nem de dia nem de noite / sol ou lua ofenderá.

O Senhor é que te guarda, / guardará de todo o mal,

tua entrada e saída, / desde agora até o final.

Amém.

sexta-feira, 14 de março de 2014

GIGANTE, SEM PISOTEAR

Sem Título1Um grupo sai à rua protestar contra o aumento da passagem de ônibus. Um rojão é lançado, uma pessoa atingida. Santiago Andrade, cinegrafista, esposo e pai, faleceu em 10 de fevereiro.

Outro grupo vai ao estádio assistir um clássico do futebol brasileiro. Uma falta é marcada. A cobrança é feita. A bola bate no travessão e quica dentro do gol. Há um árbitro auxiliar próximo à trave, mas ele não assinala o gol. O time prejudicado perde o jogo. Rodrigo Castanheira, o árbitro que falhou no lance e que chorou por ter errado, é obrigado a sair de casa com a mulher e os filhos devido a ameaças de morte.

Um menino faz xixi na cama. O pai o coloca de castigo, sem roupas, no meio da rua, por mais de três horas, debaixo de um sol de 40°C.

Há algum tempo se celebrava, enfim, o “poder de reação” do povo brasileiro com “o gigante acordou”. Assim?

O que era para buscar benefícios tira vidas.

O que era para alegrar incita violência.

O que era motivo para conversa e disciplina torna-se pretexto para desumanidade.

“Está na hora de rever conceitos” – e isso não é apenas teaser de comercial de TV. Nós – sociedade em geral – perdemos a razão nas reivindicações, os princípios da luta digna, o bom senso para resolver conflitos, a arte de dialogar corretamente, a finalidade da disciplina.

O problema é – alegam alguns – que precisamos gritar porque quem deveria ouvir está surdo. Governantes, polícia, poder judiciário... Ou tudo é muito lento, ou há falta de vontade, ou há esforços concentrados na direção errada, ou há outros interesses na jogada, ou há coisas entre o céu e a terra que não sabemos. Sim, concordo.

Mas na ânsia de gritarmos podemos deixar outros surdos? Para chegar ao destino podemos atropelar? Temos esse direito? O que nós queremos realmente: melhorias ou vingança, condições para servir melhor ou um jeitinho de conseguir poder, ensinar e corrigir para o futuro ou punir para satisfazer a raiva?

Ou, simplificando: e se nós fôssemos os filhos de Rodrigo Castanheira? E se você, prezada leitora, fosse a esposa de Santiago Andrade? Ou ainda: você gostaria que seu patrão o colocasse de castigo em um pau de arara?

Então, de um lado, corra atrás. Reivindique, fale, divulgue. Peça uma conversa com o vereador, com o prefeito, com o patrão. Organize um clamor que possa ser ouvido. Vá à instituição e formalize uma denúncia, uma sugestão, um pedido. Dá para fazer isso sem depredar, quebrar, agredir ou matar.

Mas não se esqueça do outro lado, o pessoal. Ame aquelas pessoas que erraram contra você. Ore por elas – aliás, parece que esquecemos que Deus pode atender a nossa oração por nossos inimigos, e mudar para melhor as coisas! Esqueça a ideia do revide, da vingança, da tentativa de “educar” pelo exagero.

Ou seja, a coisa começa com cada um, dentro de cada um. Começa com Jesus, a paz que desarma o nosso coração, que derruba o muro da inimizade que tínhamos com Deus, que nos faz olhar para o lado com anseio de justiça e disposição para perdoar.

Temos de lutar. Mas temos de saber lutar. O gigante precisa ficar acordado e progredir, mas não precisa pisotear os anões.

P. Julio Jandt

Igreja Evangélica Reformada de Itararé

sexta-feira, 7 de março de 2014

IELB - Dia Internacional da Mulher

Homenagem da Diretoria Nacional da IELB a todas as mulheres.

FICA A DICA + TOQUE DE VIDA: Abraço para as mulheres!

dia_internacional_da_mulher_Amanhã é o Dia Internacional da Mulher. Dia instituído para lembrar das centenas de mulheres que morreram queimadas enquanto protestavam por melhores condições de trabalho, numa empresa têxtil de Nova Iorque, no século passado. Dia para lembrar não da tragédia em si, mas da valorização feminina.

Hoje as manifestações continuam. Uma pesquisa feita pelo IBGE aponta que as mulheres ganham 28% menos que os homens. Mas toda a luta por igualdade é em vão quando a mulher deixa de “ser mulher” dentro do seu lar. Este espaço é só dela. Nenhuma empregada ou babá consegue assumir este papel. Todo o sucesso fora de casa é inútil quando há fracasso nas primeiras funções dadas por Deus à mulher: mãe e esposa.

Sobre isto, Deus diz: “A mulher sábia constrói o seu lar, mas a que não tem juízo o destrói com as próprias mãos” (Provérbios 14.1). Como é triste ver lares em ruínas porque, entre tantos outros problemas, a mulher não foi “mulher” no seu lar. Para uma casa ser transformada em lar, a mulher precisa ser mulher com seus cuidados, com sua doçura, com seu jeito mulher de ser.

Então fica a dica: “a formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme o SENHOR Deus será elogiada” (Provérbios 31.30). Mulher, deixe-se transformar pela fé cristã. Seja a mão de Deus para transformar uma casa em lar, e lar cristão. Seja uma bela flor neste jardim da vida. Feliz Dia das Mulheres. Claro, eu e meus filhos Davi e Pietro mandamos um abraço bem especial à mulher da nossa vida: Eliane. Amamos você, mulher da nossa casa!

Pastor Bruno A. Krüger Serves

ielbnovocabrais.com.br

Coluna Fica a Dica, Jornal Folha de Candelária

Coluna Toque de Vida, Jornal Cidades.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Quaresma - Comunicando sempre Jesus, a fonte da água viva!

Epifania de Nossos Senhor Jesus Cristo

Período da Quaresma

  Encerrado o primeiro ciclo do ano litúrgico (o ciclo do Natal, que, historicamente, é o mais recente, na medida em que a festa da Páscoa é muito mais antiga), tem início um segundo: o ciclo da Páscoa. [Note que os dois ciclos têm uma estrutura semelhante: períodos de preparação (Advento e Quaresma, marcados pela cor roxa ou azul), a celebração propriamente dita (Natal e Páscoa, caracterizados pela cor branca), e os desdobramentos da festa (Epifania e o período após Pentecostes, dois períodos em que utilizamos a cor verde). Sob esta perspectiva, a estrutura do ano litúrgico, com as suas cores, é relativamente simples.]
  A Quaresma é, como se sabe, um período de quarenta dias, sem contar os domingos (os domingos são sempre celebração da Páscoa!). Por isso, dizemos: domingos na Quaresma. São cinco domingos, mais o domingo de Ramos ou da Paixão. Como seria de esperar, a temática desses domingos gira em torno da obra de Cristo. No terceiro domingo na Quaresma aparece, como leitura do Evangelho, o texto de João 4, em que Jesus conversa com a mulher samaritana a respeito da água viva. Pode-se dizer que a obra de Cristo que seria realizada na cruz tem em vista esse dom da água viva, que é a temática deste ano. A epístola desse mesmo domingo, o terceiro na Quaresma, nos assegura que “Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu” (Romanos 5.5). Receber a água da vida é receber o dom do amor de Deus.


Prof. Dr. Vilson Scholz
Fonte: Publicado no informativo do PEM

quarta-feira, 5 de março de 2014

Muito mais que cinzas

quarta feira de cinzas_Após um incêndio, o que sobra são cinzas. Depois da erupção vulcânica, lá estão elas até onde o vento levar. Pó, resíduos, restos. Da cor do céu encoberto, melancólico, destoante do azul ensolarado. Para muita gente, a Quarta-Feira de Cinzas tem este aspecto abatido, triste, de ressaca, de um fogo que pouco ou nada deixou. Mas, este dia tem um significado distinto daquilo que pretende descolorir. É o início de um tempo especial. De reflexão, concentração, incubação. Algo complexo nestes dias agitados, conectados, corridos. Quem ainda tem espaço para refletir? As tarefas, os compromissos, as metas, a televisão, a internet, os programas - tudo conspira contra o quê as cinzas tentam encobrir.

"Em sinal de tristeza", registra a Bíblia, "vestiram roupas feitas de pano grosseiro e puseram cinzas na cabeça. Então se levantaram e começaram a confessar os pecados que eles e seus antepassados haviam cometido. Durante mais ou menos três horas, a Lei do Senhor, seu Deus, foi lida para eles. E nas três horas seguintes eles confessaram os seus pecados e adoraram a Deus" (Neemias 9.2,3).  Esse ritual bíblico do Antigo Testamento inspirou os cristãos no mesmo simbolismo, e no século cinco, os 40 dias antes da Páscoa foram marcados com a Quarta-feira de Cinzas. Tudo para sublinhar que a cinzenta paixão e morte do Senhor Jesus tinham uma razão: os nossos pecados. E depois com as cores vibrantes da ressurreição.

Mas a tradição pode virar traição. Cinzas podem querer, inadvertidamente, colorir. Quarenta dias sem alegria? Sem carne? Melhor, então, uma despedida de solteiro, uma festa da carne! Foi o que também fizeram no tempo de Isaías, e por isto a desaprovação divina: "Eu odeio o incenso que vocês queimam, não suporta as festas religiosas" (1.13). Cinzas, no entanto, são mais que cinzas quando há renovação. E com ela a confidência: "Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não rejeitarás um coração humilde e arrependido" (Salmo 51.17).

Marcos Schmidt - pastor luterano

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

6 de março de 2014

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CINZAS

1962883_10153904840485374_1068207903_nQuarta-Feira de Cinzas. Dia de reflexão, arrependimento, de olharmos para o sofrimento de Jesus Cristo. Para as Igrejas Cristãs Históricas e Litúrgicas, inicia-se a Quaresma, período que se estenderá por 40 dias, sem contar os domingos, e termina no sábado que antecede a Semana Santa e Páscoa. O nome do dia vem do costume bíblico de manifestar pesar, penitência, arrependimento pelo cobrir-se com panos de saco e cinzas. É sinal de respeito, humildade, de que se quer viver de uma forma agravável a Deus.
Muitas coisas merecem cinzas, arrependimento, nos dias de hoje, especialmente nesse pós Carnaval. Quantos ainda estão de ressaca, se afundaram nos vícios, lícitos e ilícitos? Nos pecados sexuais? Quantas vidas perdidas através de assassinatos? Brigas, desentendimentos? Acidentes de trânsito causados por causa do excesso em bebida, imprudência, etc?
Hoje é dia de olharmos não para os outros, mas para nós mesmos. Todos carregamos, desde que fomos concebidos, o pecado original – pecado herdado de nossos pais, Adão e Eva. Enquanto estivermos nesse mundo precisamos lutar contra o pecado, as tentações.
Jesus veio para sofrer, para ser humilhado, para morrer em nosso favor. Ele foi nosso substituto. “Era o nosso sofrimento que ele [Jesus] estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando” (Is 53.4). É isso o que lembramos na Quaresma. Por isso, o convite vale para todos nós: nos arrependamos, confiemos em Cristo e, assim, tenhamos a certeza da vida eterna junto dele. E, enquanto estivermos nesse mundo, vivamos de forma agradável ao nosso Senhor!
Publicado também em Jornal O Alto Uruguai, quarta-feira, 05 de março de 2014.
Bibliografia: KARNOPP, David. A Dinâmica do Culto Cristão.

domingo, 2 de março de 2014

REENCONTROS

Don-Benito-Reencontros-no-Dia-dos-NamoradosReencontros causam emoção, especialmente depois de uma dura e forçada separação.

Dias atrás vi pela televisão reencontros de coreanos que não se viam há 60 anos!

Ao longo da história da humanidade, muitas guerras aconteceram, e todas elas causaram momentos de dor. Além da violência física, muitas famílias foram duramente separadas, deixando nas almas a dor da saudade. Foi o que aconteceu na Guerra da Coreia em 1950. Ao final da guerra, foi mantida uma divisão, Coreia do Norte e do Sul. Um mesmo povo, porém fortemente separados.

Dias atrás, pela primeira vez nesses 60 anos, permitiu-se o reencontro de irmãos, primos, parentes, amigos que puderam se reencontrar. As fortes emoções foram filmadas e transmitidas para o mundo todo. Ver a imagem de vovôs e vovós se abraçando, chorando compulsivamente, é uma mostra de todas as lágrimas que os pecados e maldades trouxeram sobre o mundo.

Na Bíblia lemos a história de um personagem chamado José, filho de Jacó. Sua história pode ser encontrada em Gênesis entre os capítulos 37 a 50. José sofreu muito devido a inveja dos seus irmãos. Foi vendido como escravo. Viveu no distante Egito. Foi injustiçado, preso. Mas jamais perdeu a fé. Deus o abençoou e proporcionou o reencontro com sua família. Não somente isso, José foi tornado uma grande autoridade do Egito!

José foi tocado pela bondade de Deus e pelos seus desígnios. Por isso não reagiu com vingança ao reencontrar os causadores de tanta maldade. Ele serviu seus irmãos, festejou com eles. Emocionou-se ao reencontrá-los.

O pecado continua separando as pessoas. Distanciando. Gerando lágrimas, gerando a própria morte.

Somos convidados a manter a fé e a esperança, na certeza de um feliz reencontro, neste mundo ou na eternidade. Jamais pagando o mal com o mal, mas vencendo o mal com o bem (Rm 12.21).

Pastor Ismar L. Pinz

Comunidade Luterana Cristo Redentor.

Três Vendas, Pelotas, RS