sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A água que ainda temos

meio-ambiente-02A falta da água na maior cidade do Brasil é um contrassenso parecido com a falta de dinheiro no sétimo país mais rico do mundo. Estamos sendo irresponsáveis com o que temos de sobra. Meu irmão que vive na Alemanha me explicou como funciona o uso da água por lá onde nos telhados das casas coleta-se a chuva que é usada nos banheiros, jardins etc. As precipitações das nuvens são intensas por aqui, sobretudo em nossa região. Apesar disto, querem construir grandes barragens nas nascentes do Rio dos Sinos, algo inviável em todos os aspectos. Por que não fazer "barragens" nos telhados das casas? A água vem de cima e de graça!  Tecnologia existe e os investimentos seriam menores, sem danos sociais e ambientais. Apenas um exemplo quando água não falta, o que falta é conscientização, investimentos e ações concretas.

Algo parecido acontece com outra água. Diz Jesus: "A pessoa que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dá vida eterna" (João 4.14). Esta água também vem cima e sem custos: "A quem tem sede darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida" (Apocalipse 21.6). Mas esse dom precioso é desperdiçado, jogado fora, mal usado, contaminado, trocado. "O meu povo me trocou, trocou a mim, o seu Deus glorioso por deuses que não podem ajudá-los", reclamou o Senhor no Antigo Testamento. "Eles abandonaram a mim, a fonte de água fresca, e cavaram cisternas, cisternas rachadas que deixam vazar a água da chuva (Jeremias 2.11,13).

Percebe-se que o óbvio com a água é um perigo imediato a todos, também àqueles que têm em grande quantidade. E a maior ameaça nessas horas é o desperdício. Por isto, quando existe o alerta para agirmos enquanto é tempo, no caso da água da vida o recado bíblico é contundente: "Não deixem que fique sem proveito a graça de Deus (...) Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade. Hoje é o dia de ser salvo" (2 Coríntios 6.1,2).

Marcos Schmidt

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Novo Hamburgo, 31 de janeiro de 2015

0 comentários:

Postar um comentário