sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Anabolizantes

77894968O escândalo envolvendo Anderson Silva no exame antidoping é outra notícia ruim para nós brasileiros. Nossa moral está lá em baixo. Na política, na economia, no esporte. Nos deixa desamparados, sem pai nem mãe, carentes de bons políticos, atletas, líderes honestos que nos inspirem no esforço da vida sem o uso de "anabolizantes". O lutador Spider, como é conhecido mundialmente, foi pego no exame pelo uso de esteroides que aumentam a massa muscular e a força física, substâncias proibidas nas lutas de ringue, assim como é proibido fazer gol com a mão no futebol. Se for comprovado, sua carreira acabou. Ele sabia disto, assim como qualquer um está ciente que a mentira tem perna curta. Cedo ou tarde tudo vem à tona. Os exemplos estão aí no Mensalão, no Lava à Jato, no infortúnio de Eike Batista, enfim, nas histórias de pessoas que venceram enganando, mas que agora foram pegas no exame antidoping.

A Bíblia é um livro repleto de histórias parecidas, de trapaças descobertas e que servem de modelo para não se fazer a mesma coisa. O que distingue este livro é o caminho para encontrar forças e vencer na vida. Um jeito diferente, por exemplo, do que Anderson Silva sugere ao citar uma frase nas redes sociais nesse momento difícil de sua vida: "Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora". Jesus lembra que “é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos” (Marcos 7.21). Através do profeta, Deus já tinha dito: “Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos, e eu não ajo como vocês. (Isaías 55.8). Qualquer um precisa entender que na batalha contra o maior inimigo, o “eu da mentira”, só mesmo uma força de fora. Por isto o convite de Jesus: “Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada” (João 15.5). O fruto mais vistoso na união com Jesus é a própria verdade, um resultado sem anabolizante.

Marcos Schmidt

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Novo Hamburgo, 14 de fevereiro de 2015

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