sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

TRÊS CONSELHOS SOBRE DINHEIRO

preocupacao-com-o-dinheiro-91) Eike Batista não é mais, pelo menos temporariamente, o homem mais rico do Brasil. Pelo último ranking da Bloomberg, um dos principais provedores mundiais de informação para o mercado financeiro, a queda das ações de Eike levou ao primeiro posto o investidor Jorge Paulo Lemann. A perda é de apenas uma posição, mas de março para cá Eike perdeu quase metade do que possuía.

Isso nos leva à reflexão sobre o perigo de se confiar nas riquezas pouco duradouras. Às voltas com o jovem rico, dono de muitas riquezas e com o coração tão pobre, Jesus declarou: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! De fato, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Lucas 18.24-25). Fundos de agulha e camelos não são uma combinação harmônica, como também não o são vida eterna e pessoas que depositam sua esperança naquilo que conquistaram materialmente. Então, o “investimento” verdadeiro tem de ser outro: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6.19-21). Suas riquezas estão aqui embaixo ou lá em cima?

2) Um médico de São Leopoldo, RS, foi flagrado cobrando R$ 2.500,00 por uma cirurgia de urgência em um homem com problema na vesícula. Detalhe: a cirurgia era pelo SUS. Ou seja, o médico estava cobrando por um procedimento que deveria ser gratuito.

Como muitos têm sido enganados, pagando por algo que é gratuito! Na Idade Média, a venda de indulgências, que prometia perdão dos pecados e libertação do purgatório, desencadeou um grande movimento por parte daqueles que se recusaram a pagar por aquilo que é de graça: “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva” (Romanos 3.23-24). Deus nos aceita sem pagarmos, seja dinheiro, ações caridosas ou qualquer outro tipo de moeda. Isso porque o preço já foi pago. O “Está consumado” do Filho de Deus no alto da cruz foi um alto e sonoro “Está pago”. Pela fé, aceitamos este presente.

3) Há dois mil anos, longe do luxo e do glamour, junto a animais fétidos e companhias malcheirosas, o Salvador Jesus vinha ao mundo, nascido de uma mulher simples, prometida em casamento a um humilde carpinteiro. Pastores de ovelhas, gente do campo, cerimonialmente impuros para os padrões religiosos da época, foram os primeiros a visitar o Menino. Em plena noite, sem provavelmente nada nos bolsos, mas com o coração transbordante de alegria, glorificam e louvam a Deus pelo que acabaram de presenciar. Dias depois, após meses de viagem, chegam a Belém os magos do Oriente que, além do coração inundado de graça, trazem ainda seus presentes. Não para comprar o Menino, mas para adorá-lo. Afinal, Ele é Deus.

Não comprar, mas adorar. Podemos dar a Jesus o nosso melhor e, ainda assim, apenas devolver o que, em si, já pertence a Ele. Eis aí um bom antídoto contra “o amor ao dinheiro” de nossos dias: dar a Jesus o nosso “muito obrigado” pela sua encarnação, morte e ressurreição. Nossa oferta, depositada junto à manjedoura, fruto da nossa gratidão, não paga nada do que Ele fez, mas pode demonstrar que a vida eterna significa para nós infinitamente mais do que tudo o que a Bloomberg puder computar.

Pastor Julio Jandt

Igreja Evangélica Reformada de Itararé

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