A preparação para a Olimpíada no Rio em 2016 é “a pior que já vi”. Esta é a crítica do vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o australiano John Coates. Segundo ele, o Rio não está preparado, não há um plano B e, apesar de o COI ter criado uma equipe especial para acelerar os preparativos, a situação é crítica. Houve até boatos de que o Rio poderia ser trocado por Londres.
Só para ter uma ideia: faltando dois anos para os Jogos Olímpicos, Londres estava com 60% das obras prontas e Atenas com 40%. O Rio está com apenas 10% pronto.
E não é só com a Olimpíada. Achamos ruim as críticas do secretário da Fifa (em certos momentos, bem deselegante), mas alguns de nossos estádios “padrão Fifa” nem estão completamente acabados. Há até quem inaugure estádio com o gramado soltando tufos.
É a velha mania aqui no nosso país de deixar tudo para a última hora. Para alguns, chega a ser um verdadeiro vício, quase uma pirraça de criança mimada.
A gente lembra de ir ao mercado quando já está fechando. Tenta entrar no banco à base do “jeitinho”. Paga a conta de luz ou água apenas antes que a companhia corte o fornecimento. Deixa a revisão do carro para quando está prestes a viajar e ainda culpa o mecânico por não ter um horário na agenda. Estuda para a prova em cima do laço e “dá azar” porque caiu na prova exatamente o que não foi estudado. E assim por diante. Em resumo: “Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã”.
Essa indolência humana não é diferente quando a questão é espiritual.
Por exemplo, quem nunca ouviu algo como: “Quando eu for velho, irei à igreja”? Uma pergunta que pode ser respondida com aquele hino cristão dedicado aos jovens: “Por que só na velhice servir a Deus quereis? Também quem foi que disse que lá vós chegareis?”
E sobre o retorno de Jesus?
Ele prometeu voltar. Mas não disse o dia, nem a hora. Usou a metáfora de um ladrão para mostrar que ninguém sabe (ninguém mesmo) quando acontecerá sua segunda vinda. Deixou sinais que indicam, porém, que este dia está próximo. Ou seja, por mais que gostemos da nossa vida aqui, ela vai terminar. É loucura continuar confiando nas coisas daqui.
E então vemos muitos viverem aqui como se fossem viver para sempre. E há os que se julgam “espertos” em dizer que se arrependerão no exato momento em que Jesus voltar, esquecendo que não vai dar tempo - tudo acontecerá num piscar de olhos (1 Coríntios 15.52). Claro, Deus não quer criar pânico ou “tocar o terror”. Justamente o contrário: Ele quer nos encontrar preparados, vigilantes, prontos. E este preparo não é obra nossa: Deus mesmo nos prepara quando ouvimos e meditamos na sua Palavra. Nossa fé se fortalece, a paz de Deus nos acalma e ficamos alertas.
Aliás, sabe quais foram as palavras do prefeito do Rio diante do recado de Coates? “Nós temos que aceitar as críticas e trabalhar muito”.
Ser organizado e disciplinado não é um fardo. É uma grande virtude. Deixar tudo para a última hora pode até dar certo. Mas facilmente pode resultar em tragédia.
Nas questões de Deus, então, estar preparado é fundamental. Aceitemos o conselho e deixemos Jesus trabalhar em nós.
Quando Ele trabalha, o preparo é 100%.
P. Julio Jandt - Igreja Evangélica Reformada de Itararé
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