Está acontecendo uma grande discussão, no âmbito da renúncia do papa Bento XVI, sobre a modernidade da igreja. Muitos afirmam que é hora de a Igreja Cristã (não só a Católica Romana) mudar de rumo e estar mais sensível às mudanças de comportamentos e costumes do cidadão do século XXI. Dentre os temas em pauta estão as questões do homossexualismo e do aborto.
Mas eu pergunto: Quem é que define a natureza de ser da Igreja? O que é Igreja moderna? Seria uma Igreja cujos princípios e valores vão a reboque das mudanças de comportamentos e costumes de um mundo em constante transformação e cada vez mais em crise existencial?
Igreja é aquela que permanece fiel a quem a constituiu: Cristo Jesus. É aquela que fala ao coração do homem moderno numa linguagem que ele é capaz de entender. Acima de tudo, porém, é aquela que fala ao homem moderno sobre aquilo que mais o aflige, os pecados que o afastam da comunhão com Deus, e que anuncia a este homem o que há de mais consolador: o amor de Deus. Igreja atual é aquela que prega o Cristo crucificado, que morreu pelos pecadores, e que anuncia o Cristo ressuscitado, que dá a certeza da ressurreição e da salvação eterna. É aquela que acolhe e integra as pessoas na fé que transporta para além
desta vida.
Nestes dias de intensa discussão sobre o papel da Igreja, um articulista da Revista Veja escreveu: “A Igreja não é autora de uma verdade humana, submetida a uma permanente revisão, mas é a depositária de uma verdade revelada por Deus, que é eterna.” E acrescento: É aquela que não diminui nem acrescenta nenhum vírgula aos Dez Mandamentos e à confissão de fé do Credo Apostólico.
Que a paixão e morte de Jesus e sua vitória sobre a morte sejam os parâmetros que norteiem a ação de uma Igreja que se identifica com o homem que se considera moderno, mas que está carente da necessidade mais antiga que há: o perdão dos pecados.
Abençoado tempo de Quaresma e Feliz Páscoa para todos!
Pastor Jonas Flor (Informativo da CEL Paz – Tijuca, RJ
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