quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sal e Luz nas Manifestações

sal e luzJesus afirmou que os cristãos são Sal e Luz para o mundo. Ele também disse que se o sal perde seu sabor, não serve para mais nada, apenas para ser jogado fora e pisoteado pelos homens. Jesus disse que ninguém acende uma lamparina para deixar embaixo da cama ou da mesa, mas em lugar próprio. (Mt 5.13-14).

Martin Luther King teria dito que não se preocupava com o grito e o barulho dos maus, mas sim com o silêncio dos bons. Pensando nisso afirmo que, quando pessoas “boas” se movimentam e clamam por justiça, precisamos perceber isso como um bom sinal.

Por outro lado, não podemos jogar nossas incoerências para baixo do tapete; pois é bem verdade que a corrupção que denunciamos “lá” pode estar bem “ali”, ao nosso lado! E acredito que nem mesmo preciso citar as corrupções nossas de cada dia, para provar que não é exclusividade do meio político.

Jesus perguntou: “Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho?” (Mt 7.3)

Bill Gates teria dito em um discurso de formatura: “Vocês jovens, que querem mudar e melhorar o mundo, comecem arrumando o seu quarto!”

Para mudar o país, para mudar o mundo, continuemos clamando por justiça, mas não somente isso. É preciso viver de forma que nossos pensamentos, palavras e ações sejam constantes “manifestações” de honestidade, começando em nossa casa, em nossa rua, em nosso bairro. Afinal, um sal insípido não pode temperar e conservar os alimentos, uma lamparina embaixo da cama, não ilumina nada!

Se estivermos realmente cheios das incoerências de um país onde muitos nadam em rios de ouro enquanto outros se afogam na miséria, então, olhemos bem para a maneira como administramos nosso dinheiro, para a maneira como usamos nosso tempo e com sinceridade vamos assumir nossas incoerências, para que com a força do perdão, Jesus nos habilite a vivermos melhor, para só então construirmos um mundo melhor.

O mundo melhor não está nos padrões da FIFA, mas segundo o amor e a graça de Jesus, o único que agiu em completa coerência e amor e que fez uma “manifestação pacífica” ao carregar a sua cruz nas ruas de Jerusalém até o Gólgota e diante do vandalismo e da violência dos que lhe afrontavam e cuspiam disse: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”. (Lc 23.34).

Os corruptos conseguiram um Judas para prender Jesus. Os discípulos o abandonaram. Os vândalos gritaram em seu ouvido e cuspiram nele. Os violentos o mataram! Mas ninguém conseguiu vencê-lo, porque Ele ressuscitou e efetivamente abriu as portas de um Reino de completa justiça, e sem nenhuma incoerência, um Reino que é entregue a todos os que nele creem. Assim Jesus não foi apenas pacífico, mas pacificador! Ele é o Príncipe da Paz.

Ismar Pinz

Comunidade Luterana Cristo Redentor.

26.07.2013 - Pelotas, RS.

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